quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Cyberbullying um novo fenómeno nas redes sociais


As primeiras referências ao cyberbullying surgiram nos meados de 2002, mas as primeiras definições foram em 2003, pela advogada norte americana, Nancy Willard e pelo canadiano Bill Belsey, em 2005. Assume-se como uma variante do tradicional bullying.

O que é o Cyberbullying?
É um tipo de violência (bullying) que ocorre nos meios eletrónicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras que circulam por emails, SMS, MSN, sites, blogs (diários virtuais), redes sociais (facebook, Hi5, etc) e telemóveis. 
É quase uma extensão do que os adolescentes dizem e fazem na escola, mas com a agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara-a-cara.

Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para intimidar e hostilizar uma pessoa (colega de escola, professores, ou até mesmo desconhecidos), através da difamação, do insulto ou de atacar de forma covarde. 

Etimologicamente, o termo é formado a partir da junção das palavras «cyber», palavra de origem inglesa e que é associada a todo o tipo de comunicação virtual usando os meios digitais, como internet, sendo um ato de intimidar ou humilhar alguém,  conhecido como cyberbully.

Quando o bullying é presencial, o alvo é agredido psicologicamente, através de apelidos ou outros constrangimentos, ou ainda, através de agressões físicas por um atacante muito mais forte. 

O cyberbullying é mais fácil para os agressores, porque podem fazê-lo de forma anónima nas diversas redes sociais, através de emails ou de «torpedos» com conteúdos ofensivos e caluniosos. 
Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser graves. 
O autor, assim como o alvo, ambos têm dificuldade de sair do seu papel e retomar aos valores que foram esquecidos ou formar novos.

Esse tormento que é a agressão pela internet faz com que os adolescentes humilhados não se sintam seguros em lugar ou momento algum. Não se apercebem das armadilhas dos relacionamentos digitais. Para eles, tudo é real, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio, sejam mais fáceis pelas vias tecnológicas. 

O cyberbullying pode surgir de vários tipos e formas:
  • provocar - uso de linguagem vulgar e ofensiva
  • perseguir ou assediar - envio repetido de mensagens desagradáveis
  • denegrir - divulgar mexericos, mentiras, boatos sobre a vítima com o objectivo de destruir a imagem e a reputação da mesma
  • personificar - passar-se pela vítima na ciberespaço ou usar o telemóvel para destruir o relacionamento com os seus amigos
  • violar a intimidade - partilhar online os segredos, informações pessoas, fotografias, vídeos embaraçosas da vítima, excluir a vítima de um grupo online de forma cruel e propositada
  • intimidar - envio de mensagens com insultos desagradáveis, com o objetivo de incutir medo ou intimidar a vítima.


Por meio de leis anti-cyberbullying que atualmente vigoram, os agressores anónimos podem ser descobertos e processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a indemnizar a vítima. 

O cyberbullying é um fenómeno recente e é praticado entre adolescentes, mas também ocorre com frequência entre adultos.

É importante que pais, professores e amigos da vítima de Cyberbullying estejam atentos aos sinais deste tipo de agressão, pois são muito similares com os do bullying, tais como: 
  • distúrbio do sono
  • problemas de estômago
  • transtornos alimentares
  • irritabilidade
  • depressão
  • transtornos de ansiedade
  • dor de cabeça
  • falta de apetite
  • isolamento
  • decréscimo no rendimento escolar ou profissional ou aumento das horas de estudo
  • não quer estar com os amigos e colegas
  • não quer sair de casa
  • não quer atender o telemóvel
  • pensamentos destrutivos, como o desejo de morrer
  • outros
Em casos extremos, algumas vitimas cyberbullying são atacadas de uma forma tão agressiva que são levadas a cometer suicídio. Muitos desses casos começam vídeos ou fotografias íntimas das vítimas são introduzidos na internet.

Para lidar com o cyberbulling ter-se-á de ter o mesmo cuidado preventivo do bullying e a dimensão dos seus efeitos deve sempre ser abordada para evitar a agressão na internet. 
Trabalhar com a ideia de que nem sempre se consegue apagar o que foi parar à rede dá á turma a noção de como as piadas ou as provocações não são inofensivas. 
O que se chama de brincadeira pode destruir a vida do outro. É da responsabilidade da escola abrir um espaço para discutir este novo fenómeno.

Caso o cyberbullying ocorra, é necessário, deixar evidente para os adolescentes podem confiar nos adultos que os cercam para contar sobre os casos sem medo de represálias, como a proibição do uso das redes sociais ou dos telemóveis, uma vez que terão a certeza de que vão encontrar ajuda.  Mas, muitas vezes, os adolescentes não recorrem aos adultos porque acham que o problema vai piorar com a intervenção punitiva. 

O que fazer para esta mais seguro?

Não existe uma solução para acabar com este fenómeno, devido á interação entre os pares e o impacto das novas tecnologias na nossa vida social e profissional. Contudo, existe alguns cuidados a ter de forma a reduzir os perigos dos ataques do cyberbullying:

  • não deve disponibilizar informação privada
  • não partilhar informações pessoais ou intimas
  • não deve dar a palavra-passe a ninguém
  • guardar os registos de todas as mensagens que recebe
  • alterar a conta do correio eletrónico caso o cyberbullying persista
  • não aceitar pedidos de amizade com conteúdos inadequados. Aceitar apenas os pedidos de utilizadores que conhece pessoalmente
  • modificar o estado do perfil para privado
  • não publicar informações relacionadas com outros utilizadores
  • falar de forma educada aos contactos
  • não responder a nenhuma ameaça ou incitação de ódio


O Cyberbullying é um fenómeno preocupante e que pode atingir uma família, e que pode levar a graves consequências. Dever-se-á numa primeira fase a prevenção dentro do mundo familiar e depois a escola. A prevenção é impedir que os bullies continuem a prejudicar a comunidade familiar e escolar, fazendo com que percam a força e poder. Deverá haver união para que este fenómeno seja minimizado. 







































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