terça-feira, 22 de março de 2016

Num passo para o esquecimento

















Muitos falam do esquecimento físico e psicológico, mas este esquecimento especial e doloroso, que tem vindo a aumentar em todas as classes sociais - do mais pobre ao mais rico. Infelizmente, é uma batalha de muitos técnicos, colaboradores e entidades, mas tem sido difícil o trabalho.
Falamos no esquecimento nos nossos IDOSOS.

Ser-se velho era ser-se sábio; era ter-se a mais valia do tempo que fazia do velho o conselheiro, o amigo...a memória das gerações.

Devido ás alterações sociais, demográficas e económicas, surgiram diversos problemas relacionados com as pessoas que aos olhos do estado estão «inactividades pensionadas», em que as pessoas com determinada idade são pagas para ficarem inactivas, ou seja, esquecidas. Contudo, desenrola-se uma bola de problemas sociais, nomeadamente:
- Rejeição
-Afastamento
- Internamento
- Residencialismo
- Hotelaria de Luxo

Das consequências também advém tanto a imagem que a sociedade tem do idoso. como da forma como vai sendo progressivamente construída a categoria social da velhice. 
O aumento proporcional das pessoas idosas poderia, em si mesmo, não constituir um problema social se tivéssemos outra forma de entender a velhice.
A velhice representa uma fase da vida em que as capacidades e resistências físicas vão gradualmente diminuindo. Este é um fator inegável mas não dramático. Há capacidades, situações de ordem física, biológica, psicológica, sociológica e antropológica que determinam que a fase da vida, como outras, seja transitória. O progressivo declínio da pessoa deve ser entendido no sentido construtivo e dinâmico, e não de esquecimento.
Sem menosprezar outras vertentes, menciono alguns fatores que são importantes aos fenómenos atuais do envelhecimento:
- Alteração na estrutura das relações familiares
- Desmoronamento do familismo tradicional
- Organização social e económica
- Visão social do trabalho dos Idosos

As alterações na estrutura das relações familiares mudou com o inicio de períodos de pré-reforma, ou reformas antecipadas, acompanhados dos consequentes problemas de declínio da imagem de si mesmos, de perda de poder económico, de alteração da imagem social.
O familismo alterou-se com a saída dos filhos dos meios rurais à procura de melhores condições e qualidade de vida.
A organização social e económica, como já foi referido, remete para a inatividade, permitindo percepcionar o trabalho dos idosos como obsolento, improdutivo e inadequado para a evolução dos tempos.
As sociedades ocidentais têm do trabalho uma visão produtiva, uma visão de lucro e rendibilização imediatas; o trabalho dos idosos é desvalorizado.

Não há dúvida que as pessoas vivem mais tempo, ainda que o viver mais tempo signifique viver com mais vulnerabilidade. O aumento da longevidade, tanto nas mulheres como nos homens significa uma vida em condições menos favoráveis e em condições vulneráveis.

Os idosos são vistos em diferentes perspectivas consoante as várias culturas em que estão inseridos. Por exemplo, na cultura Oriental os idosos são vistos como um símbolo de sabedoria devido às experiências vividas, e por isso são os mais respeitados e com o mais alto estatuto social.
Por outro lado, nas culturas Ocidentais, perecem representar, de certa forma um «estorvo» na vida dos mais jovens, visto que não representam um papel tão ativo na sociedade. Mas esta imagem deveria e deve ser mudada. Esquecer o Idoso é colocá-lo na solidão ou no abismo. 

Conclusão:
Os idosos, hoje em dia são desvalorizados e esquecidos pela maior parte da sociedade por serem «inúteis» aos olhos de algumas pessoas, pois são muitas vezes inábeis e não dão lucro para as famílias/sociedade (infelizmente existem pessoas que tem este tipo de raciocínio que a meu ver é inadequado).
Mas os idosos também são muito importantes, pois, eles transmitem sabedoria, valores morais, estórias, lendas e o mais importante a força de viver cada segundo, cada minuto...
Não podemos esquecer que eles criaram gerações e gerações. Somos hoje quem somos porque devemos a estas pessoas sabias, carregadas de grandes valores. NUNCA devemos ESQUECER quem nos fez crescer como pessoa...Dizer NÃO ao ESQUECIMENTO é valorizar o outro principalmente o Idoso....os IDOSOS SÃO IMPORTANTES!