sábado, 18 de janeiro de 2020

Linhas da Vida



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Quando começamos a dar conta que a Vida de certa forma não é assim tão «Disney»,  pedimos com todas a forças que o tempo volte a trás para se corrigir o que se fez de mal, se pensou ou se falou. 
Todos os sonhos que se tinha eram simples sonhos, nada mais. A realidade da Vida não é assim tão abstrata, é uma desilusão, uma conquista, um caminho de «montanha russa».
Deparámos com pessoas e com situações que de certa forma pensamos que faz parte daquilo que chamamos de sina ou «fado». Num momento até pensamos num «dejá vu», vemos pessoas ou nos colocamos em situações estranhas que supostamente já passamos por elas num certo momento, num certo minuto ou num certo segundo. Dai que surge a necessidade de definirmos a palavra VIDA.

O que é a Vida? 
Em termos científicos é de certa forma o nosso percurso ativo, onde o nosso organismo se encontra vivo para pensar, sentir e fazer.

Mas o que será a Vida em termos abstratos?
A vida é um conceito complexo, um percurso de altos e baixos, de sentimentos contraditórios, de luzes e escuridões, de risos e lágrimas, de amores e desamores, de prós e contras.

Passamos a vida a pensar o que fazer, o que sentir e o que falar...em busca do desconhecido, da aventura, do limite...em busca de tudo aquilo que faz e não faz sentido!

O que é a Vida, então? 
É uma pergunta que provoca longas discussões criativas e saudáveis! Isto porque a resposta a esta pergunta depende de cada pessoa, da religião, da cultura, da política, da economia, da educação, depende de tudo e de nada. 

Não é uma pergunta fácil de responder. É o mesmo que perguntar o que é o Amor - Amizade - Ódio.
São conceitos difíceis de definição, pois cada conceito depende da vivência e da experiência que a própria «Vida» lhe proporcionou e do estado em que naquele momento a pessoa de encontra.

Chegamos a ser hipócritas ao ponto de acharmos que somos sabedores da definição de todos os conceitos envolventes da palavra VIDA. No fim, somos uns meros peões com prazo de validade, que todos os dias provocamos, desprezamos, destruímos, choramos, amamos e sorrimos!

Vivam a Vida tal como ela vos foi dada e não tentem procurar definição de tudo que vos envolve, pela simples razão que estamos neste mundo em passagem, que esta seja recordada pelos que ficam de forma positiva.
Basta de destruir o que nos envolve, basta ser um estúpido hipócrita, orgulhoso e egocêntrico. O Inferno já esta cheio de bestas destas...façam-se boas pessoas com pequenas e simples ações, e não esperem nada em troca… pois essa é a verdadeira essência do ser humano. 

Assinado: Sónia Gonçalves

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

O Mal de Alzheimer


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O Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer, é uma doença degenerativa atualmente é incurável, mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Na doença de Alzheimer uma diminuição do tamanho geral do cérebro, em resultado da perda de neurónios. As circunvoluções tornam se mais estreitas e os sulcos mais largos.

Podemos ter como fatores de risco:

  • Idade;
  • História familiar;
  • Baixo nível de educação, neste caso, a atividade intelectual parece exercer um efeito protetor;
  • Tabagismo
  • Inatividade Física
  • Depressão
  • Hipertensão
  • Obesidade
  • Diabetes
A demência de Alzheimer passa pelas seguintes fases:
- Fase Inicial: dura de 2 a 4 anos
  • Agnosia: dificuldade em reconhecer e identificar objetos 
  • Apraxia: dificuldade de execução de movimentos 
  • Incontinência urinária pode aparecer 
  • Perda de memória, confusão e desorientação 
  • Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança 
  • Alteração da personalidade e do senso crítico 
  • Dificuldades com AVD (cozinhar, fazer compras, conduzir, telefonar) 
- Fase Intermediária: pode durar de 3 a 5 anos
  • São afetadas as atividades instrumentais e operativas
  • Dificuldade em reconhecer familiares e amigos
  • Perder-se em ambientes conhecidos
  • Alucinações, perda de peso, incontinência urinária
  • Dificuldades com a fala e a comunicação
  • Movimentos e fala repetitiva
  • Distúrbios do sono
  • Problemas com ações rotineiras 
  • Início de dificuldades motoras
- Fase Final
  • Dependência total
  • Incontinência urinária e fecal
  • Tendência em assumir posição fetal
  • Ausência da linguagem voluntária ou não
  • Restrito a cadeira ou ao leito
  • Presença de úlceras por pressão
  • Perda progressiva de peso
  • Infeções urinárias e respiratórias
  • Término da comunicação
- Quarta fase (Terminal)
  • Paciente está completamente dependente das pessoas
  • Linguagem reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, eventualmente, em perda da fala
  • Apesar da perda da linguagem verbal, podem compreender e responder com sinais emocionais
  • Agressividade pode estar presente, apatia extrema, cansaço são comuns
  • Não conseguem desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda
  • Massa muscular e mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama
  • Perdem a capacidade de comer sozinhos
  • Morte normalmente não é causada pela doença, mas por outro fator externo (ex: pneumonia) 
Alzheimer – Manifestações clínicas
  • Manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência ao cuidado
  • Doente pergunta a mesma coisa centena de vezes, mostrando a sua incapacidade de fixar/memorizar algo novo
  • Palavras são esquecidas, frases são trocadas, muitas permanecendo sem finalização
  • Apesar da perda da linguagem verbal, os doentes podem compreender e responder com sinais emocionais
Alzheimer – Diagnósticos
  • Diagnóstico é difícil pois a doença não tem sintomas físicos específicos. Os sintomas são mentais e de comportamento e, por isso, durante muito tempo as pessoas deixaram de encarar esse distúrbio como uma doença que exige intervenção
  • Fase Inicial: TAC e RMN costumam não indicar alterações, mas numa fase mais avançada pode indicar uma alteração no volume cérebro
  • Ao notar sintomas de Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso
  • É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha que não se vai lembrar do que é importante.
Alzheimer – Testes Neuropsicológicos
  • São de difícil aplicação em pacientes idosos
  • Aplicado por profissional especializado sendo úteis em casos fronteiriços na diferenciação de processos demenciais iniciais
  • Baterias de testes que incluem várias questões (33) e requerem em média 30min para serem aplicados

Tratamento:
Não existe cura para o Alzheimer, no entanto, existem cuidados a ter para manter a qualidade de vida do idoso. 
Existem para estes pacientes, quatro tipos principais de terapias:
  • Terapia da orientação para a realidade: trabalha os aspetos cognitivos e intelectuais, memória.
  • Terapia física: melhora e manutenção das condições físicas, motoras e respiratórias.
  • Terapia ocupacional: maximiza o desempenho para as atividades da vida diária.
  • Terapia ambiental: sugere e indica mudanças e adaptações ambientais no domicílio e nas instituições, com o propósito de facilitar o dia-a-dia e prevenir acidentes. 
Medicamentos Psiquiátricos
  • Como a depressão e ansiedade são um problema constante no Alzheimer é comum que os médicos prescrevem antidepressivos. 
  • Antidepressivos além de melhorarem o humor, o apetite, o sono, o autocontrole e diminuírem a ansiedade, tendências suicidas e agressividade tem demonstrado também, significativamente retardar a degeneração do cérebro. 
  • Haloperidol (haldol) – reduz as alucinações, a agressividade, os distúrbios de humor, a apatia e a disforia (angústia) que são comportamentos que ocorrem com a evolução da patologia.
  • Diazepem (valium) – usado para insónia, ansiedade, agitação motora e irritabilidade.
 Como qualquer demência o que temos de ter em conta no final, será a utilização das palavras paciência, transparência, aceitação e, acima de tudo, dar muito apoio, carinho e amor.
 Sei sem dúvida que tudo isto são meras palavras escritas e que na realidade tudo não passa de um esgotamento físico e psíquico. Mas com ajuda de profissionais acredito que podemos mudar um minuto de cada vez ou até mesmo um mês ou ano de cada vez. Para isso a família tem de fazer, o que eu chamo " de luto", pois só assim conseguimos caminhar todos juntos de mão dada para um mundo melhor e de aceitação.