O Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer, é uma doença degenerativa atualmente é incurável, mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Na doença de Alzheimer uma diminuição do tamanho geral do cérebro, em resultado da perda de neurónios. As circunvoluções tornam se mais estreitas e os sulcos mais largos.
Podemos ter como fatores de risco:
- Idade;
- História familiar;
- Baixo nível de educação, neste caso, a atividade intelectual parece exercer um efeito protetor;
- Tabagismo
- Inatividade Física
- Depressão
- Hipertensão
- Obesidade
- Diabetes
A demência de Alzheimer passa pelas
seguintes fases:
- Fase Inicial: dura de 2 a 4 anos
- Agnosia: dificuldade em reconhecer e identificar objetos
- Apraxia: dificuldade de execução de movimentos
- Incontinência urinária pode aparecer
- Perda de memória, confusão e desorientação
- Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança
- Alteração da personalidade e do senso crítico
- Dificuldades com AVD (cozinhar, fazer compras, conduzir, telefonar)
- Fase Intermediária: pode durar de 3 a 5
anos
- São afetadas as atividades instrumentais e operativas
- Dificuldade em reconhecer familiares e amigos
- Perder-se em ambientes conhecidos
- Alucinações, perda de peso, incontinência urinária
- Dificuldades com a fala e a comunicação
- Movimentos e fala repetitiva
- Distúrbios do sono
- Problemas com ações rotineiras
- Início de dificuldades motoras
- Fase Final
- Dependência total
- Incontinência urinária e fecal
- Tendência em assumir posição fetal
- Ausência da linguagem voluntária ou não
- Restrito a cadeira ou ao leito
- Presença de úlceras por pressão
- Perda progressiva de peso
- Infeções urinárias e respiratórias
- Término da comunicação
- Quarta fase (Terminal)
- Paciente está completamente dependente das pessoas
- Linguagem reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, eventualmente, em perda da fala
- Apesar da perda da linguagem verbal, podem compreender e responder com sinais emocionais
- Agressividade pode estar presente, apatia extrema, cansaço são comuns
- Não conseguem desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda
- Massa muscular e mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama
- Perdem a capacidade de comer sozinhos
- Morte normalmente não é causada pela doença, mas por outro fator externo (ex: pneumonia)
Alzheimer – Manifestações clínicas
- Manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência ao cuidado
- Doente pergunta a mesma coisa centena de vezes, mostrando a sua incapacidade de fixar/memorizar algo novo
- Palavras são esquecidas, frases são trocadas, muitas permanecendo sem finalização
- Apesar da perda da linguagem verbal, os doentes podem compreender e responder com sinais emocionais
Alzheimer – Diagnósticos
- Diagnóstico é difícil pois a doença não tem sintomas físicos específicos. Os sintomas são mentais e de comportamento e, por isso, durante muito tempo as pessoas deixaram de encarar esse distúrbio como uma doença que exige intervenção
- Fase Inicial: TAC e RMN costumam não indicar alterações, mas numa fase mais avançada pode indicar uma alteração no volume cérebro
- Ao notar sintomas de Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso
- É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha que não se vai lembrar do que é importante.
Alzheimer – Testes Neuropsicológicos
- São de difícil aplicação em pacientes idosos
- Aplicado por profissional especializado sendo úteis em casos fronteiriços na diferenciação de processos demenciais iniciais
- Baterias de testes que incluem várias questões (33) e requerem em média 30min para serem aplicados
Tratamento:
Não
existe cura para o Alzheimer, no entanto, existem cuidados a ter para manter a
qualidade de vida do idoso.
Existem para
estes pacientes, quatro tipos principais de terapias:
- Terapia da orientação para a realidade: trabalha os aspetos cognitivos e intelectuais, memória.
- Terapia física: melhora e manutenção das condições físicas, motoras e respiratórias.
- Terapia ocupacional: maximiza o desempenho para as atividades da vida diária.
- Terapia ambiental: sugere e indica mudanças e adaptações ambientais no domicílio e nas instituições, com o propósito de facilitar o dia-a-dia e prevenir acidentes.
Medicamentos Psiquiátricos
- Como a depressão e ansiedade são um problema constante no Alzheimer é comum que os médicos prescrevem antidepressivos.
- Antidepressivos além de melhorarem o humor, o apetite, o sono, o autocontrole e diminuírem a ansiedade, tendências suicidas e agressividade tem demonstrado também, significativamente retardar a degeneração do cérebro.
- Haloperidol (haldol) – reduz as alucinações, a agressividade, os distúrbios de humor, a apatia e a disforia (angústia) que são comportamentos que ocorrem com a evolução da patologia.
- Diazepem (valium) – usado para insónia, ansiedade, agitação motora e irritabilidade.
Como qualquer demência o que temos de ter em conta no final, será a utilização das palavras paciência, transparência, aceitação e, acima de tudo, dar muito apoio, carinho e amor.
Sei sem dúvida que tudo isto são meras palavras escritas e que na realidade tudo não passa de um esgotamento físico e psíquico. Mas com ajuda de profissionais acredito que podemos mudar um minuto de cada vez ou até mesmo um mês ou ano de cada vez. Para isso a família tem de fazer, o que eu chamo " de luto", pois só assim conseguimos caminhar todos juntos de mão dada para um mundo melhor e de aceitação.
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