sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

O Mal de Alzheimer


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O Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer, é uma doença degenerativa atualmente é incurável, mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Na doença de Alzheimer uma diminuição do tamanho geral do cérebro, em resultado da perda de neurónios. As circunvoluções tornam se mais estreitas e os sulcos mais largos.

Podemos ter como fatores de risco:

  • Idade;
  • História familiar;
  • Baixo nível de educação, neste caso, a atividade intelectual parece exercer um efeito protetor;
  • Tabagismo
  • Inatividade Física
  • Depressão
  • Hipertensão
  • Obesidade
  • Diabetes
A demência de Alzheimer passa pelas seguintes fases:
- Fase Inicial: dura de 2 a 4 anos
  • Agnosia: dificuldade em reconhecer e identificar objetos 
  • Apraxia: dificuldade de execução de movimentos 
  • Incontinência urinária pode aparecer 
  • Perda de memória, confusão e desorientação 
  • Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança 
  • Alteração da personalidade e do senso crítico 
  • Dificuldades com AVD (cozinhar, fazer compras, conduzir, telefonar) 
- Fase Intermediária: pode durar de 3 a 5 anos
  • São afetadas as atividades instrumentais e operativas
  • Dificuldade em reconhecer familiares e amigos
  • Perder-se em ambientes conhecidos
  • Alucinações, perda de peso, incontinência urinária
  • Dificuldades com a fala e a comunicação
  • Movimentos e fala repetitiva
  • Distúrbios do sono
  • Problemas com ações rotineiras 
  • Início de dificuldades motoras
- Fase Final
  • Dependência total
  • Incontinência urinária e fecal
  • Tendência em assumir posição fetal
  • Ausência da linguagem voluntária ou não
  • Restrito a cadeira ou ao leito
  • Presença de úlceras por pressão
  • Perda progressiva de peso
  • Infeções urinárias e respiratórias
  • Término da comunicação
- Quarta fase (Terminal)
  • Paciente está completamente dependente das pessoas
  • Linguagem reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, eventualmente, em perda da fala
  • Apesar da perda da linguagem verbal, podem compreender e responder com sinais emocionais
  • Agressividade pode estar presente, apatia extrema, cansaço são comuns
  • Não conseguem desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda
  • Massa muscular e mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama
  • Perdem a capacidade de comer sozinhos
  • Morte normalmente não é causada pela doença, mas por outro fator externo (ex: pneumonia) 
Alzheimer – Manifestações clínicas
  • Manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência ao cuidado
  • Doente pergunta a mesma coisa centena de vezes, mostrando a sua incapacidade de fixar/memorizar algo novo
  • Palavras são esquecidas, frases são trocadas, muitas permanecendo sem finalização
  • Apesar da perda da linguagem verbal, os doentes podem compreender e responder com sinais emocionais
Alzheimer – Diagnósticos
  • Diagnóstico é difícil pois a doença não tem sintomas físicos específicos. Os sintomas são mentais e de comportamento e, por isso, durante muito tempo as pessoas deixaram de encarar esse distúrbio como uma doença que exige intervenção
  • Fase Inicial: TAC e RMN costumam não indicar alterações, mas numa fase mais avançada pode indicar uma alteração no volume cérebro
  • Ao notar sintomas de Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso
  • É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha que não se vai lembrar do que é importante.
Alzheimer – Testes Neuropsicológicos
  • São de difícil aplicação em pacientes idosos
  • Aplicado por profissional especializado sendo úteis em casos fronteiriços na diferenciação de processos demenciais iniciais
  • Baterias de testes que incluem várias questões (33) e requerem em média 30min para serem aplicados

Tratamento:
Não existe cura para o Alzheimer, no entanto, existem cuidados a ter para manter a qualidade de vida do idoso. 
Existem para estes pacientes, quatro tipos principais de terapias:
  • Terapia da orientação para a realidade: trabalha os aspetos cognitivos e intelectuais, memória.
  • Terapia física: melhora e manutenção das condições físicas, motoras e respiratórias.
  • Terapia ocupacional: maximiza o desempenho para as atividades da vida diária.
  • Terapia ambiental: sugere e indica mudanças e adaptações ambientais no domicílio e nas instituições, com o propósito de facilitar o dia-a-dia e prevenir acidentes. 
Medicamentos Psiquiátricos
  • Como a depressão e ansiedade são um problema constante no Alzheimer é comum que os médicos prescrevem antidepressivos. 
  • Antidepressivos além de melhorarem o humor, o apetite, o sono, o autocontrole e diminuírem a ansiedade, tendências suicidas e agressividade tem demonstrado também, significativamente retardar a degeneração do cérebro. 
  • Haloperidol (haldol) – reduz as alucinações, a agressividade, os distúrbios de humor, a apatia e a disforia (angústia) que são comportamentos que ocorrem com a evolução da patologia.
  • Diazepem (valium) – usado para insónia, ansiedade, agitação motora e irritabilidade.
 Como qualquer demência o que temos de ter em conta no final, será a utilização das palavras paciência, transparência, aceitação e, acima de tudo, dar muito apoio, carinho e amor.
 Sei sem dúvida que tudo isto são meras palavras escritas e que na realidade tudo não passa de um esgotamento físico e psíquico. Mas com ajuda de profissionais acredito que podemos mudar um minuto de cada vez ou até mesmo um mês ou ano de cada vez. Para isso a família tem de fazer, o que eu chamo " de luto", pois só assim conseguimos caminhar todos juntos de mão dada para um mundo melhor e de aceitação. 



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